8º Princípio Ético do Amor-Exigente. Manter o caráter cooperativo e voluntário em nosso grupo familiar.

Para vivenciarmos a prática deste princípio em nossa casa devemos responder a três questões:

  •  O que eu posso fazer por você?      
  •  O que você pode fazer por mim?
  •  O que podemos fazer juntos?

       Na prevenção procuramos dar exemplos de ética para desestimular a experimentação ao uso de álcool e outras drogas. Não só em relação às substâncias tóxicas, mas à violência, ao crime e outros comportamentos inadequados.

Não existe recuperação sem nortear a vida através da ética, porque enquanto adicto, a pessoa não respeita ninguém, nem a ele mesmo e até se vangloria em ser antiético.

Se a família não melhora, acompanhando a melhora do abusador de substâncias, ele voltará para as drogas apesar do tratamento. Assim, quanto mais pessoas da família estiverem incluídas no programa de recuperação, maior pode ser o efeito do tratamento.

A primeira questão quanto ao 8º Princípio Ético nos convida a um olhar sobre nós mesmos para identificarmos como podemos nos envolver, fazer a nossa parte em nosso meio familiar, colocando-nos à disposição para apoiar, auxiliar e agir visando o bem do outro. Essa atitude é uma demonstração do quanto nos preocupamos com aqueles que convivem conosco, pois sem isso, tornamo-nos pessoas egoístas e autoritárias, que ditam ordens, cobram, mas nada fazem.

Mas precisamos do devido cuidado para não nos transformarmos em meros serviçais do outro. Existem coisas que não precisamos fazer, pois eles possuem plenas condições de realizar por si mesmos. Quando carregamos o material escolar dos filhos, quando passamos o dia recolhendo tudo o que eles espalham pela casa, quando parecemos garçom, servindo-os o tempo todo, enquanto eles vivem espichados no sofá, não estamos cooperando com eles, pelo contrário, estamos roubando-lhes a capacidade de crescimento e independência.

A segunda questão nos leva a refletir sobre a aceitação da ideia de sermos servidos pelo outro. Não precisamos tratar nossas crianças como reizinhos, abastecendo-os o tempo todo, sem permitir que eles nada façam a nosso favor. Dessa forma não valorizamos suas capacidades e quanto mais os servimos, sem deles nada aceitar em troca, mas friamente eles se relacionam conosco.

A terceira questão nos alerta sobre tudo aquilo que podemos fazer juntos para benefício de todos. Essa é a verdadeira essência da cooperação, no entanto, não basta fazermos juntos, precisamos aproveitar o momento para criarmos um ambiente favorável, fazendo das atividades, algo agradável, onde haja um contato sadio e de qualidade.

Os lares funcionais possuem como uma das principais características os fortes vínculos afetivos entre seus membros. A vivência deste princípio ético em sua plenitude é o combustível que mantém acessa essa chama, contribuindo para uma convivência familiar agradável, onde a harmonia reina e o respeito mútuo prevalece. E a isso chamamos de família, ou seja, um grupo de pessoas que cooperam entre si.

Fonte: Celso Garrefa – www.aesertaozinho.blogspot.com.br e Casal York fundadores do Amor-Exigente no EUA

    

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