Existe limite para o uso de Drogas?

Imagem de Лечение Наркомании por Pixabay


Quando se fala na doença da adicção ativa, muitos dependentes químicos que já passaram pelo chamado “luto da retirada das drogas” e vivem em recuperação reconhecem que, para eles, não havia limite no consumo e para quem vive ainda os dias de uso aparentemente está longe de cruzar essa linha tênue do limite entre uso e abuso.
É justamente esse o foco da reflexão do promotor de Justiça e especialista em dependência química, Guilherme Athayde Ribeiro Franco. “O uso parece infindável, minando e mirando os que caminham no deserto de suas almas”, diz ele.
Aos que propõem legalizar mais psicoativos ditos “recreativos”, pergunta-se: desejariam que na esquina da sua casa houvesse uma loja “credenciada” pelo governo para “drogas in natura”, sintéticas ou misturadas a alimentos? Sim, no Colorado (EUA) existe até a nugtella – um creme de chocolate, avelã e cannabis. Parêntesis: a quem se destina esse produto?”, questiona o promotor. Ele diz ainda que no debate sobre a legalização da cannabis (turbinado pelo narcobusiness), há os que dizem que:- devemos legalizar “tudo”, em respeito à intimidade do usuário – já que suicídio e a autolesão não são crimes.“Para outros, porém, só deveria haver a legalização da cannabis, supostamente menos danosa que a bebida alcoólica…”. “Não ouviram o Doutor Valentim Gentil Filho: Cannabis – mormente em cérebros em formação, algo que se dá somente após os 21 anos ou um pouco mais – pode desencadear quadros psicóticos e até mesmo a irreversível esquizofrenia!”. “Nem viram adolescentes sem a menor motivação para os estudos, com quadro de anedonia (síndrome amotivacional)… ou nunca se depararam com jovens adultos com baixo desempenho acadêmico…”
Pesquisas com sólidas evidências científicas associam o consumo regular da cannabis a rebaixamento de QI, dentre outros males. E tampouco choraram com os que seguiram a escada que só tem degraus para abaixo da existência digna, iniciando com o glamourizado THC (presente na cannabis)”, completa Guilherme
Contrassenso – O promotor explica que se a maconha fosse legalizada, quem estivesse na posse de um mesclado (maconha + crack) iria se livrar da atuação policial? Claro que não, diz ele. “Meio crime não existe em termos jurídicos. Iria, pois, responder criminalmente pela posse da substância que permaneceria ilícita – no caso o crack”.
Em síntese, diz ele, essa “corrida” pela legalização – ou mesmo descriminalização – da cannabis ou de mais drogas não se sustenta em si mesma. Está predestinada a desaguar lamacenta em um labirinto infinito e sem saída; um rodamoinho para o abismo social. “Por isso, com muito AMOR, defendamos o direito das famílias viverem longe drogas e de fato ficar a Pátria livre, sem ter os jovens morrendo desolados e “dessonhados” no Brasil”.

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