Nosso Tempo é LIMITADO!

A doença da adicção ativa, ou seja, a dependência química em sua forma mais sorrateira dá ao usuário de drogas uma falsa sensação de imortalidade, que, ao perceber isso, muitas vezes o dependente químico já está de cara com a morte e com a materialização do tempo. E o tempo passa.

Quem explica é Roberto Mayer, coordenador da Regional Paulistana Centro, na capital paulista. “Todo ser humano vive um número total limitado a algumas dezenas de milhares de dias. A utopia da imortalidade não está ao nosso alcance. Se nosso tempo é limitado, então tudo que podemos conquistar e gastar ao longo da vida também será limitado”, analisa.

Assim, de acordo com Mayer, qualquer comportamento compulsivo é uma tentativa de negar esse fato, independentemente do alvo da compulsão. “Ela pode ser focada, por exemplo, no uso de uma substância psicoativa, em outros comportamentos inadequados (ex: sexo, jogo, internet) ou no comportamento de outra pessoa. Em todos os casos, o comportamento repetitivo e compulsivo terminar por gerar prejuízos significativos na vida do individuo compulsivo”, alerta o coordenador, que ainda acrescenta: “É por isso que a maioria das compulsões é classificada como “doença” pela medicina moderna. Em um mundo onde há cada vez mais opções de uso indevido de invenções de todo o tipo, a lista de doença apenas cresce. Cada nova edição dos manuais de classificação de doenças usado pelos médicos é maior que as anteriores”.

O AE nos lembra de que, em qualquer situação, todos os recursos a nossa disposição – além do próprio tempo, os recursos físicos, emocionais, intelectuais e econômicos – são esgotáveis. “Quando agimos como se eles fossem infinitos, praticamos um comportamento disfuncional, seja como adicto consumindo de forma descontrolada, seja como um codependente que se sente obrigado a gastar todo seu dinheiro e até se endividar para “salvar” seu familiar adicto”.

Tipos – Cada tipo de grupo de AE (“Família”, “Sobriedade”, “Amor-Exigentinho”, “Prevenção” e “Sempre é Tempo”) permite aprender a aplicar nossos princípios básicos no contexto específico do momento atual de vida dos seus participantes. “Essa aprendizagem só frutifica pela transformação do nosso comportamento. Modificar hábitos e comportamentos é um desafio significativo para a grande maioria das pessoas. Por isso, para que possamos nos tornar pessoas “cada vez melhores”, é necessário perseverar ao longo do tempo nos grupos”, observa Mayer. “Ao mesmo tempo, como nenhum ser humano pode atingir a perfeição, a transformação para melhor nunca acaba (enquanto estivermos vivos)”, ele alerta.

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